quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


Último dia do ano!!! Iupiiiii!!!!!!!!!!!!!! E que venha 2010, recheado de vidas com sentido! Explico.

Nada melhor do que traduzir os meus desejos através da preciosa mensagem transcrita abaixo, cuja autora é a saudosa Cora Coralina:

Não sei...se a vida é curta...

Não sei...
Não sei...

se a vida é curta ou longa demais para nós.

Mas sei que nada que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:

colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:

é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.


Vamos cultivar a energia positiva hein, pessoal!!!!!!! Beijo pra vcs!!!


terça-feira, 29 de dezembro de 2009




Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma bênção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Clarice Lispector

E ao tentar se assumir, ela na verdade não se assumiu, mas sumiu! Sumiu de se mesma, e entoada por uma melodia sutil e circunstancial, ela foi se distanciando de si ou talvez nunca se encontrou... no entanto, ela resolveu largar os óculos que insistentemente usava para corromper a sua verdadeira visão... mas como todo vício, a luta é diária para não usá-los mais... o importante é que ela percebeu a possibilidade de viver sem eles, porquanto ela necessita se assumir, se desvencilhar da mente que mente, das suas identificações impostas, dos seus referenciais inventados!

Recontruir-se é preciso. E eu, mais do que nunca, preciso. É uma questão de felicidade; mas de uma felicidade que somente eu poderei sentir, mais ninguém. É a felicidade de ser única agindo como tal. A criança precisa crescer, não posso tentar me livrar dela, entregando-a ao outro ou mesmo aniquilando-a. Ela vai crescer comigo, o que somente é possível se for submetida exclusivamente aos meus cuidados.

Chegou a hora de estraçalhar a carniça, de entender que não entendo, de olhar o outro sem medo, de desvendar a realidade de cara limpa, de coração aberto, atentando-me para a intuição, valendo-me da razão, sentindo a emoção, buscando a harmonização desses elementos, pois não quero me ver perdida no meio do caminho, quero ser realmente livre para saber onde, como, quando, com quem e porque estou....

terça-feira, 15 de dezembro de 2009



Uma das coisas melhores na vida é ter amigos.

Se duvidar os amigos importam mais do que aqueles a quem chamamos de amores. Isto porque os verdadeiramente amigos nos fazem lembrar quem realmente somos, não pleiteiam título de exclusividade, não se interessam tão somente por suas necessidades emocionais. Há uma efetiva troca: de afeto, respeito, companheirismo, lealdade. E mais: aceitam e gostam da gente como a gente é.

Amizade para mim pressupõe, claro, afinidade, mas principalmente lealdade e sinceridade. Amigo que é amigo escuta, não deixa de dizer o que pensa, ama e, por isso, cuida, faz das minhas alegrias, as mais glamurosas, e dos meus desatinos, os menos pesarosos.

Amigo mesmo torce por mim, pela minha felicidade, pelo meu sucesso. Vibra muito com as minhas vitórias e se solidariza veementemente com as minhas tristezas.

Ademais, entre amigos pra valer o silêncio não angustia, conforta.
Outrossim, o amor que os interliga é sem cobranças, avesso à instrução probatória, real, espontâneo, lindo.

Eu só tenho que agradecer aos meus amigos sensacionais (!!!!!), os quais já o são simplesmente por serem efetivamente amigos. São, com certeza, raridades preciosas que fazem da minha vida muito mais prazerosa e intensa. Vocês sim têm o meu amor e a minha eterna fidelidade.

domingo, 13 de dezembro de 2009


O que realmente importa? As relações humanas são o que realmente importa. Não há riqueza nem status que atribua sentido à vida. Afirmo, com segurança, que o meu desenvolvimento emocional, intelectual e mesmo moral está intrinsecamente vinculado à arte de me conectar com qualquer pessoa que por alguma razão chegue até mim. É necessário coragem para entrar em contato com o outro. Coragem porque em muitas ocasiões o choque será inevitável e o desconforto, certo. Entretanto, é enriquecedor detectar características negativas minhas ao interagir com um universo distinto do meu. Posso aduzir que as pessoas com as quais tenho mais dificuldade são desafiantes. Em muitos momentos tento evitar encontrá-las por não querer sentir as sensações que elas me causam. Contudo, luto contra este "auto-sequestro", porquanto tenho a plena consciência de que se trata da minha covardia eventual em não enxergar os espinhos do meu jardim, os quais exsurgem perante meus olhos no instante em que me comunico de algum modo com quem possui uma habilidade ímpar em me provocar, independente se o faça conscientemente ou não.
Eu não quero ignorar qualquer sensação negativa que eu sinta perante algum outro ser humano. Almejo analisá-la minunciosamente, considerando o subjetivismo que me delineia, a fim de formar uma autocrítica consistente e eficiente no meu propósito de me tornar uma pessoa melhor, apta a contribuir com o progresso dos demais que cruzam o meu caminho.
Relações humanas: sem elas a vida não tem sentido...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009




Cultuar a vida é atingir o grau máximo de sua potencialidade. Esta é tão específica quanto único é cada ser humano. Hoje posso afirmar que eu compreendo melhor o que é viver cada segundo como se fosse o último; amanhã posso não estar mais neste mundo, ou quem sabe, nem daqui minutos, segundos, mas isso não é motivo de tristeza, pelo contrário. Ao meu ver o nosso fim certo e incontestável deve ser encarado como estímulo para usufruir e contemplar o hoje. Eu tenho muito o que agradecer, porque mesmo nesse mundo louco, de alguma forma eu consigo cultivar uma alegria que não lhe é inerente. É um estado de alma que vez ou outra me acomete. E ela me inunda quando eu menos espero por ela. E ela permanece por algum instante, de forma genial, sempre que consigo extrair do outro o seu melhor, e mais lindo ainda é perceber como esse processo se concretiza naturalmente. Quem sou eu para subestimar qualquer ser humano. Não sou hipócrita; já fi-lo algumas vezes, como ainda faço. Contudo, a cada dia que passa tento aniquilar meu eu soberbo para tornar propício um verdadeiro encontro de almas, sem máscaras, sem preconceitos, sem idealizações. Inebriado, isso sim, de loucuras autênticas conectadas pelo afeto, pelo amor, pelo bem. É o que importa; mais nada.


E ela me inunda quando eu menos espero por ela... a vida é mesmo uma dádiva.


sábado, 21 de novembro de 2009


É engraçado como as pessoas esquecem que o bacana é ser diferente. E se esquecem mais ainda que ser diferente é um direito de cada um.

Quão influente é o meio no qual estamos inseridos. Quando nos damos conta, já perdemos o controle de nós mesmos para nos deixar controlar por pensamentos, comportamentos, informações, valores que são de todos, menos nossos. E ao tentar cegamente se enquadrar nesse universo, a percepção de que você não faz parte dele é latente e, às vezes, dolorosa! Contudo, de alguma forma você desperta e percebe a sua verdadeira beleza... aquela que só você tem, que transpassa o único universo relevante, qual seja, o seu. E é este o universo merecedor de sua atenção!!!!!!!!!

Se estamos angustiados, aflitos, entristecidos, no âmago de si você não encontra a si. E porque não encontra? Porque o seu referencial (aquele universo exclusivamente seu) foi preterido por você (sim, você escolheu!) em nome de um ilusório paradigma traduzido como "massa", "maioria", "padrão" ou quem sabe "entretenimento" (nossa, essa foi muito boa!).

São essas sensações que demonstram que ser parte desse "outro" universo não é o caminho para a paz interior. Não mesmo.

Portanto, dane-se todos que insistem em me compelir, de algum modo, a fazer parte do ordinário, do previsível, desse mundo besta... desse universo idiota onde todos são iguais e isso parece lindo! Uhuuuuu! Ah tá, me engana que eu gosto...


domingo, 15 de novembro de 2009

UMA SINCERA E DOCE HOMENAGEM À LUZ QUE NOS GUIA...

domingo, 4 de outubro de 2009


E um eremita, que visitava a cidade uma vez por ano, veio à frente e disse: Fala-nos do Prazer.

E ele respondeu dizendo:

O prazer é uma canção de liberdade,
Mas não é a liberdade.
É o florescer dos vossos desejos,
Mas não é o seu fruto.
É uma profundeza que atinge uma altura,
Mas não é o profundo nem o alto.
É o que está na gaiola que alça seu vôo,
Mas não é o espaço contido.
Sim, em verdade, o prazer é uma canção de liberdade.
E como gostaria que a cantásseis com todo o vosso coração; mas não gostaria que perdêsseis vossos corações na canção.
Alguns de vossos jovens buscam o prazer como se ele fosse tudo e são julgados e reprimidos.
Eu não os julgaria ou reprimiria. Eu faria com que buscassem.
Pois eles encontrarão o prazer, mas não apenas ele;
Sete são suas irmãs, e a mais insignificante é mais bonita que o prazer.
Já não ouvistes falar do homem que escavava em busca de raízes e encontrou o tesouro?
E alguns de vossos anciãos lembram-se dos prazeres com arrependimento, como se fossem erros cometidos durante a bebedeira.
Mas arrepender-se é obscurecer a mente, e não torná-la casta.
Devem lembrar-se de seus prazeres com gratidão, como da colheita de um verão.
Porém, se o arrependimento os conforta, deixai que sejam confortados.
E há aqueles entre vós que não são jovens para buscar, nem velhos para lembrar;
E, em seu medo de buscar e de lembrar-se, evitam todos os prazeres, temendo negligenciar o espírito ou ofendê-lo.
Mas mesmo evitar é seu prazer.
E assim eles também encontram um tesouro, apesar de cavarem buscando raízes, com suas mãos trêmulas.
Mas, falai-me, quem é aquele que pode ofender o espírito?
O rouxinol ofende o silêncio da noite, ou o vaga-lume, as estrelas?
E vossa chama ou vossa fumaça, sobrecarregam o vento?
Achais vós que o espírito é um lago parado que podeis perturbar com uma vara?
Muitas vezes, ao negar-vos prazer, o que fazeis é guardar o desejo nos recessos do vosso ser.
Quem sabe se o que parece estar esquecido hoje espera pelo amanhã?
Mesmo vosso corpo conhece sua herança, e sua verdadeira necessidade e vontade não serão enganadas.
E vossos corpos são a harpa de vossas almas,
E está em vós fazer com que sua música seja doce ou que emita sons confusos.
E agora perguntais em vossos corações: "Como distinguiremos o que é bom no prazer do que não é bom?"
Ide aos vossos campos e aos vossos jardins, e aprendereis que é o prazer da abelha colher mel da flor,
Mas que também é o prazer da flor dar mel à abelha.
Pois para a abelha, a flor é a fonte da vida,
E para a flor, a abelha é o mensageiro do amor,
E para ambas, abelha e flor, o dar e o receber do prazer são uma necessidade e um êxtase.
Povo de Orfalese, sede, em seus prazeres, como as flores e as abelhas.
(Khalil Gibran , "O Profeta")

Perceber o prazer além das formas...

Vislumbrá-lo em sua imensidão...

De fato, ele não deve ser restringido à uma necessidade... compreendê-lo como tal seria rebaixá-lo a fruto desse mundo...

E ele é muito mais do que isso...

O prazer não é meramente da "carne", ele é um "êxtase" quando também vinculado a um estado de "alma"...

Prefiro encará-lo assim para buscá-lo assim e ser verdadeiramente feliz assim...

O meu ser agradece...

Pois quando ele se afugenta é sinal de que nem tudo é o que parece...

Então o vazio acontece...

E remover o que não é torna-se uma sina...

E nos bailes da vida não é que ELA redescobre sua alegria de menina?

E aos pouquinhos EU volto a cantar a canção da liberdade com todo o meu coração,

e "o ser" aliviado resplandece,

com toda sua força,

exultante,

vibrante,

estonteante.

Retornou à sua morada.

Após o desencontro O REENCONTRO!

NECESSÁRIO...

E, com certeza...

UM ÊXTASE!!!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009



Eu não dispenso o seu amor,
Mas também não te obrigo a tê-lo por mim.
Se queres me amar,
Que o faças espontaneamente,
Pois não quero um amor exigente,
Nem, muito menos, condicionante.
O seu amor só será reconhecido por mim, se você optou livremente por ele.
Do contrário, se você se sente compelido a me amar na ilusão de que comigo alcançará a felicidade que intrinsecamente lhe falta,
Por favor, dê meia-volta e vá viver na sua realidade sentimental com quem se identifique com ela!
Não quero um amor imposto, não venha tolhir a minha liberdade, quem é você para dizer como eu deva ser?
Não venha me amar como se eu fosse sua! Eu não sou objeto do seu amor! Amar não implica "apropriar-se de", como se você pudesse fazer de mim uma escrava de suas vontades!
Ah meu querido, amor mal-amado, é com muito gosto que eu te desmascaro e te digo:
Você não é soberano! E nem eu a sua serva!
Simplesmente porque eu sou livre para amar, enquanto você é um obcecado em si amar!
Que pretensão a sua pensar que eu alimentaria esse seu amor mimado, pífio, egoísta, degradante!
O verdadeiro amor não pensa em si; aliás, ele nem pensa.
Ele flui, sem pressa;
E, ao seu ritmo, se torna um elo entre dois seres.
Surge como um terceiro elemento exclusivamente resultante de uma interação...
Quando dois não são um,
Ou um, num encontro a dois, não continua sendo um.
Mas são três: eu, você e "ele".
E se eu ou você deixamos de ser,
"ele" perde totalmente o sentido...
Porque sozinho "ele" é surreal, inexistente;
E quantos são aqueles que defendem esse amor que não é amor...
Que renegam-se sustentando o devaneio de que dois são um,
Ou de que um, num encontro a dois, continua sendo um...
Nutrindo-se de um martírio a que chamam de amor...
Vão viver livremente o amor!
Libertem-se do amor que nunca foi amor ou simplesmente deixou de sê-lo!
Escolham amar ou não amar,
Não se aprisionem no amor romântico!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009




Faça o bem sem olhar a quem e faça o bem simplesmente pelo bem que ele (o bem) te traz! Contente-se com o fato de que para toda ação há uma reação. Então não se preocupe com o porvir, limite-se a adotar a conduta que lhe for mais consciente, pois o dia de amanhã nada mais é do que o resultado dos atos praticados hoje...



domingo, 6 de setembro de 2009


O que é que torna o amor romântico tão sedutor? Quando se examina essa pergunta, conclui-se que Eros - o amor romântico, sexual, apaixonado -, o êxtase supremo, é um poderoso coquetel de ingredientes culturais, biológicos e psicológicos. Na cultura ocidental, a idéia do amor romântico vicejou ao longo dos últimos duzentos anos sob a influência do Romantismo, movimento que contribuiu muito para moldar nossa percepção do mundo. O Romantismo surgiu como uma rejeição ao Século das Luzes, com sua ênfase na razão humana. O novo movimento exaltava a intuição, a emoção, o sentimento e a paixão. Salientava a importância do mundo sensorial, a experiência subjetiva do indivíduo e tinha uma inclinação pelo mundo da imaginação, da fantasia, pela busca de um mundo que não existe - um passado idealizado ou um futuro utópico.
(Howard C. Cutler)

O que eu penso sobre o amor romântico? Acredito que o amor romântico é interessante para acender o fogo da paixão, para propiciar a atração entre dois seres humanos sob uma perspectiva instintiva, carnal. Contudo, considero o amor romântico insuficiente para sustentar um relacionamento estável e duradouro, pois este imprescinde também de outros componentes. Ao meu ver, a autenticidade, o afeto, a generosidade, a compaixão para com o outro e o respeito mútuo são fundamentais para a construção e consequente solidificação de um real e verdadeiro amor, o qual é avesso a tendências exclusivamente romancistas.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009


Nada melhor do que um dia após o outro, quando oportunidades sempre surgem para ser e fazer diferente!!! Se ontem não foi tão bom assim, hoje já foi bem melhor! Contudo, esclareço que essa constatação não retira da dor, a sua legitimidade, o seu valor, até porque a sua aparição significa que algo intrínseco ao ser humano está em desarmonia. Ela faz parte do nosso processo evolutivo, não há como negar esse fato, porém, cultivá-la é burrice. A felicidade pode ser infinita, mas a infelicidade, os pessimistas que me desculpem, pelo menos na minha vida, tem prazo certo pra acabar.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Hoje eu não estou nada bem. Estou totalmente perdida em minhas emoções. Estou sem controle de mim. Não consigo enxergar a beleza de um dia acinzentado, se é que ele tem alguma. Estou acometida de um desânimo, de uma vontade tremenda de ficar só. Hoje eu não sei onde está aquele olhar otimista que tento cultivar diante da vida. Hoje eu não quero encarar a vida nem a mim mesma. Hoje eu perdi, admito o fracasso de quem quer se afugentar da realidade. Hoje não sou uma mulher forte, madura. Hoje o meu lado frágil e covarde me faz ser quem essencialmente eu não sou ou não queira ser, mas é ele que me domina no momento. Hoje eu sou demasiadamente humana, na medida em que me deparo com o descompasso da minha imperfeição. E pior: sou terrivelmente burra por permitir que os meus defeitos camuflem o meu lado sublime, mas hoje, simplesmente não sei onde ele está. Hoje demonstro a minha tirania, a minha crueldade, a rigidez com a qual me trato vez ou outra. E não quero sentir culpa por isso, porquanto o natural é ser humano e não sobre-humano, como as vezes tento ser inutilmente.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009


Nada é inútil no Universo. A Divindade age sem cessar em solicitude e consideração a cada uma de suas criaturas e criações.
(Francisco do Espírito Santo Neto)

Como eu quero acreditar nisso... SEMPRE!!! Seja lá quem ou o quê for Deus, não importa. O que importa é que ele existe. Não é racionalizável, mas é sentido, e isto basta, até porque de outra forma não poderia ser, pois quando não se pensa, se entra em contato, e a minha existência, a dele, a sua são constatadas. Pela minha experiência, percebi que se não penso, logo existo, e, portanto, ouso descordar de René Descartes, autor da célebre frase "penso, logo existo". Existo porque me reduzo ao ser em sua quietude, perco o controle do que penso que sou para simplesmente ser. E quando sou me alinho com o Universo, com os demais seres que também se encontram unicamente sendo, e a sensação é maravilhosa. Somente ao efetivamente senti-la é possível entender posteriormente o quão singular e veraz ela é.
Que eu me lembre desses momentos para acreditar que o Universo conspira ao meu favor e ao de todas as demais criaturas (e não há como não inserir Deus nesse contexto), contanto que permitamos (deixando o negativismo de lado e a pose de coitadinho! É muito cômodo se enquadrar nessas condições!!! Pagando de vítima sem pôr a mão na massa!!!).

sábado, 1 de agosto de 2009



A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e, que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
(Carlos Drumond de Andrade)
Muita energia boa no ar!!! Se superar é resultado de força de vontade e determinação! Se contrarie, saia do "conforto", não se prenda ao que lhe é cômodo, não seja limitado(a), questione, permita-se ser uma metamorfose ambulante como já cantou nosso saudoso Raul, saiba ousar! Você não tem o compromisso de ser sempre o mesmo(a). Se exponha a situações inovadoras, não se culpe por seus erros, aprenda com eles, eles são quase que inevitáveis para quem quer evoluir. Não respeite as verdades absolutas que você já criou para si! Sinta-se belo(a)! Perceba o seu valor e faça jus a ele! Com certeza a vida vai passar a sorrir para você com mais frequência! A beleza não está simplesmente nos olhos de quem vê, mas essencialmente naquele(a) que transmite um estado de harmonia interior, que propaga equilíbrio e graça! Nada mais a dizer, mas muito a se sentir!!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009



Nos instantes silenciosos, exercitamos o aprendizado que nos levará a abrir um canal receptivo à Consciência Divina. É nesse momento que ficamos cientes de que realmente não estamos sozinhos e que podemos entrar em contato com a voz da consciência. A voz de Deus, por assim dizer, começará a "falar em nós".

(Francisco do Espírito Santo Neto)

É impressionante como o contato com a natureza nos torna tão serenos. É uma sensação tão boa, uma paz interior sem igual que surge na profundidade do ser. Contemplar a natureza é interagir com ela, é sentir que dela fazemos parte, é perceber que de alguma forma há uma conexão entre tudo aquilo que se origina de uma mesma fonte chamada Deus. A harmonia interior provocada por essa interação com o universo vital se torna possível na medida em que você se dispõe a senti-lo, libertando-se do autocontrole que lhe impõe a mente. É nesse momento que você se permite simplesmente ser com o outro, sem deixar de ser o que é: partes que se entrelaçam, essências singulares que se integram sem que se confundam, dilatando o meu, o seu, o nosso mundo, não me levando de mim, mas levando-me até mim.
Que a contemplação se torne um hábito, pois por meio dela encontro a paz que constantemente busco e que nem sempre alcanço, fato este resultante, creio eu, do meu entretenimento com o eu irrelevante, com aquele que por várias vezes teima em ser quem eu verdadeiramente não sou.
Interagir com a natureza, hoje e sempre, é esse o meu desejo; que assim seja, amém.




domingo, 19 de julho de 2009



Sinto falta de você.
Mas o que sinto falta é de tudo o que é
seu e que me falta.
Sinto falta de minhas faltas que em você não faltam.
Sinto falta do que eu gostaria de ser e que você já é.
Estranho jeito de carecer, de parecer amor.
Hoje, neste ímpeto de honestidade
que me faz dizer,
Eu descobri minhas carências inconfessáveis
Que insisto em manter veladas.
Acessei o baú de minhas razões inconscientes
E descobri um motivo para não continuar mentindo.
Hoje eu quero lhe confessar o meu não amor,
Mesmo que pareça ser.
Eu não tenho o direito de adentrar o seu território
Com o objetivo de lhe roubar a escritura.
Amor só vale a pena se for para ampliar
o que já temos.
Você era melhor antes de mim, e só agora posso ver.
Nessa vida de fachadas tão atraentes e fascinantes;
Nestes tempos de retirados e retirantes,
Sequestrados e sequestradores,
A gente corre o risco
De não saber exatamente quem somos.
Mas o tempo de saber já chegou.
Não quero mais conviver com meu lado obscuro,
E, por isso, ouso direcionar meus braços
Na direção da dose de honestidade que hoje me cabe.
Hoje quero lhe confessar meu egoísmo.
Quem sabe assim eu possa
Ainda que por um instante amar você de verdade.
Perdoe-me se meu amor chegou tarde demais,
Se meu querer bem é inoportuno e em hora errada.
É que hoje eu quero lhe confessar meu desatino,
Meu segredo tão desconcertante:
Ao dizer que sinto falta de você
Eu sinto falta é de mim mesmo.

(Fábio de Melo)

O outro não pode ser a projeção daquilo que nos falta. Isso porque a todo tempo vamos tentar encaixá-lo na moldura resultante de nossa perspectiva pessoal. A decepção será certa. Acredito que essa tendência é fruto de um egoísmo e de uma imaturidade tremenda. Não podemos exigir que o outro corresponda às nossas expectativas, pois isto seria sequestrá-lo absurdamente dele mesmo! Cada um é o que é. Imaginá-lo é uma forma de vinculá-lo ao surreal, é erigi-lo à ilusão! Contudo, confesso que em alguns momentos a minha imaginação não me dá sossego!!! Que inferno! Hahahaha tem hora que o melhor é achar graça do que é sem graça para descontrair e seguir em frente. Avante!
E é graças à minha imaginação as vezes sem graça que eu me perco de mim, que eu enlouqueço, acreditando sentir falta de você quando na verdade sinto falta é de mim mesma, daquela que não imaginou, que um dia só observou e objetivamente constatou.






sexta-feira, 17 de julho de 2009



As vezes tenho a impressão de que a razão é mais valorizada do que a emoção! Porque será? É claro que a razão tem o seu lugar, mas a emoção... ah, a emoção! O que seria da vivência humana sem a emoção? Seria uma história em preto e branco, meio azedinha, "normal"...
Como seria viver sem a aflição, sem qualquer outra sensação, sem a paixão... sinceramente não sei... acho que a vida seria meio sem graça, pois o que não se explica, mas o que verdadeiramente se sente (essencialmente quando é algo bom!) parece fazer toda a diferença. Alguém me explica porque a razão ainda é tão valorizada em detrimento da emoção? Será que a noção de autocontrole trazida pela razão é o que sustenta sua importância? Relembre os seus momentos mais felizes... a razão, primordialmente, fez parte deles?
O grande desafio é conseguir saber usar a razão e a emoção na dosagem certa. Mas qual a dosagem certa, meu Deus?
Ambos proporcionam a distorção da realidade quando um se sobrepõe ao outro, porém, qual o momento em que essa percepção é real e consciente? Há momentos em que constato a minha frieza, a minha racionalidade em ação... é quando me sinto mais segura... mas até que ponto essa segurança não é ilusão? No que tange às minhas emoções, ao me deixar envolver por elas, nem sempre mantenho a sanidade, em outros termos, o autocontrole... será que considero são quem se autocontrola? Não! Não pode ser! Até porque perder o autocontrole ao lado de quem também se propõe o mesmo é maravilhoso... nada é dito, a correspondência é gestual, transcendental, natural... porquanto, de alguma forma, aqueles que se encontram com esse propósito, nessa sintonia, estão juntos, ao menos naquele momento... peraí, quem disse que isso também não é uma ilusão?






quinta-feira, 16 de julho de 2009


No distanciamento está a sabedoria da incerteza...
na sabedoria da incerteza está a libertação do passado, do conhecido, que é a prisão dos velhos condicionamentos.
E na mera disponibilidade para o desconhecido,
para o campo de todas as possibilidades,
rendemo-nos à mente criativa que rege o universo.
(Deepak Chopra)
É o distanciamento que me traz discernimento quando me encontro inserida no meu próprio caos. O meu verdadeiro eu não se manifesta espontaneamente quando sou boicotada pelo ego o qual me incita a distorcer a realidade, aprisionando-me fora de mim mesma, trazendo-me à inconsciência, à falsa percepção da minha essência e do mundo ao meu redor.
O mais interessante disso tudo é que o retorno à consciência, hábil em proporcionar a real liberdade do ser em si, só se torna possível quando se consegue detectar o ego, ou em outros termos, o que se não é. A partir disso, o irreal começa a perder força.
Contudo, para tornar pragmática a intenção de ser o que se é, a vigília de si próprio tem que ser constante, ao menos para perceber o que se não é.
Acredito que a razão é um instrumento essencial para trazer o ser humano à realidade, porquanto, particularmente, tenho a impressão que frequentemente a rechacei para vivenciar um mundo fantástico, onde as expectativas de todos em relação a tudo e a todos fossem atendidas, como se adversidades não existissem e o "feliz para sempre" fosse inerente a esse mundo idealizado (e, em sendo ideal, não é real, pelo contrário, é sobrehumano e, portanto, inatingível!).
Parece loucura, mas a pior loucura é se manter na inconsciência.
Por óbvio que estabelecer ou restabelecer a sanidade não é tão fácil assim. Para tanto é essencial a renúncia ao apego ao conhecido, pois querendo ou não, ele retrata velhos condicionamentos, derivados de experiências anteriores, da influência familiar, cultural, social e por aí vai...
Vivendo a partir dessa perspectiva nova para mim (é o que venho tentando fazer, e confesso que é um trabalho árduo, mas deslumbrante!), percebo a importância do outro em minha vida, seja ele quem for, pois a partir dele me observo, me experimento, sinto as reações que ele me causa e vice-versa (daí, inclusive, a importância da sensibilidade), buscando sempre não me incorrer na neurose de me projetar no outro; tento sim notar o outro, captar sua essência, constatar a sua unicidade, por mais difícil que muitas vezes me pareça.
Não quero ser uma farsa!!!!!!!!!!! E você?