
Cultuar a vida é atingir o grau máximo de sua potencialidade. Esta é tão específica quanto único é cada ser humano. Hoje posso afirmar que eu compreendo melhor o que é viver cada segundo como se fosse o último; amanhã posso não estar mais neste mundo, ou quem sabe, nem daqui minutos, segundos, mas isso não é motivo de tristeza, pelo contrário. Ao meu ver o nosso fim certo e incontestável deve ser encarado como estímulo para usufruir e contemplar o hoje. Eu tenho muito o que agradecer, porque mesmo nesse mundo louco, de alguma forma eu consigo cultivar uma alegria que não lhe é inerente. É um estado de alma que vez ou outra me acomete. E ela me inunda quando eu menos espero por ela. E ela permanece por algum instante, de forma genial, sempre que consigo extrair do outro o seu melhor, e mais lindo ainda é perceber como esse processo se concretiza naturalmente. Quem sou eu para subestimar qualquer ser humano. Não sou hipócrita; já fi-lo algumas vezes, como ainda faço. Contudo, a cada dia que passa tento aniquilar meu eu soberbo para tornar propício um verdadeiro encontro de almas, sem máscaras, sem preconceitos, sem idealizações. Inebriado, isso sim, de loucuras autênticas conectadas pelo afeto, pelo amor, pelo bem. É o que importa; mais nada.
E ela me inunda quando eu menos espero por ela... a vida é mesmo uma dádiva.
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