
O que realmente importa? As relações humanas são o que realmente importa. Não há riqueza nem status que atribua sentido à vida. Afirmo, com segurança, que o meu desenvolvimento emocional, intelectual e mesmo moral está intrinsecamente vinculado à arte de me conectar com qualquer pessoa que por alguma razão chegue até mim. É necessário coragem para entrar em contato com o outro. Coragem porque em muitas ocasiões o choque será inevitável e o desconforto, certo. Entretanto, é enriquecedor detectar características negativas minhas ao interagir com um universo distinto do meu. Posso aduzir que as pessoas com as quais tenho mais dificuldade são desafiantes. Em muitos momentos tento evitar encontrá-las por não querer sentir as sensações que elas me causam. Contudo, luto contra este "auto-sequestro", porquanto tenho a plena consciência de que se trata da minha covardia eventual em não enxergar os espinhos do meu jardim, os quais exsurgem perante meus olhos no instante em que me comunico de algum modo com quem possui uma habilidade ímpar em me provocar, independente se o faça conscientemente ou não.
Eu não quero ignorar qualquer sensação negativa que eu sinta perante algum outro ser humano. Almejo analisá-la minunciosamente, considerando o subjetivismo que me delineia, a fim de formar uma autocrítica consistente e eficiente no meu propósito de me tornar uma pessoa melhor, apta a contribuir com o progresso dos demais que cruzam o meu caminho.
Relações humanas: sem elas a vida não tem sentido...
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