Eu não dispenso o seu amor,
Mas também não te obrigo a tê-lo por mim.
Se queres me amar,
Que o faças espontaneamente,
Pois não quero um amor exigente,
Nem, muito menos, condicionante.
O seu amor só será reconhecido por mim, se você optou livremente por ele.
Do contrário, se você se sente compelido a me amar na ilusão de que comigo alcançará a felicidade que intrinsecamente lhe falta,
Por favor, dê meia-volta e vá viver na sua realidade sentimental com quem se identifique com ela!
Não quero um amor imposto, não venha tolhir a minha liberdade, quem é você para dizer como eu deva ser?
Não venha me amar como se eu fosse sua! Eu não sou objeto do seu amor! Amar não implica "apropriar-se de", como se você pudesse fazer de mim uma escrava de suas vontades!
Ah meu querido, amor mal-amado, é com muito gosto que eu te desmascaro e te digo:
Você não é soberano! E nem eu a sua serva!
Simplesmente porque eu sou livre para amar, enquanto você é um obcecado em si amar!
Que pretensão a sua pensar que eu alimentaria esse seu amor mimado, pífio, egoísta, degradante!
O verdadeiro amor não pensa em si; aliás, ele nem pensa.
Ele flui, sem pressa;
E, ao seu ritmo, se torna um elo entre dois seres.
Surge como um terceiro elemento exclusivamente resultante de uma interação...
Quando dois não são um,
Ou um, num encontro a dois, não continua sendo um.
Mas são três: eu, você e "ele".
E se eu ou você deixamos de ser,
"ele" perde totalmente o sentido...
Porque sozinho "ele" é surreal, inexistente;
E quantos são aqueles que defendem esse amor que não é amor...
Que renegam-se sustentando o devaneio de que dois são um,
Ou de que um, num encontro a dois, continua sendo um...
Nutrindo-se de um martírio a que chamam de amor...
Vão viver livremente o amor!
Libertem-se do amor que nunca foi amor ou simplesmente deixou de sê-lo!
Escolham amar ou não amar,
Não se aprisionem no amor romântico!
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