sexta-feira, 17 de julho de 2009



As vezes tenho a impressão de que a razão é mais valorizada do que a emoção! Porque será? É claro que a razão tem o seu lugar, mas a emoção... ah, a emoção! O que seria da vivência humana sem a emoção? Seria uma história em preto e branco, meio azedinha, "normal"...
Como seria viver sem a aflição, sem qualquer outra sensação, sem a paixão... sinceramente não sei... acho que a vida seria meio sem graça, pois o que não se explica, mas o que verdadeiramente se sente (essencialmente quando é algo bom!) parece fazer toda a diferença. Alguém me explica porque a razão ainda é tão valorizada em detrimento da emoção? Será que a noção de autocontrole trazida pela razão é o que sustenta sua importância? Relembre os seus momentos mais felizes... a razão, primordialmente, fez parte deles?
O grande desafio é conseguir saber usar a razão e a emoção na dosagem certa. Mas qual a dosagem certa, meu Deus?
Ambos proporcionam a distorção da realidade quando um se sobrepõe ao outro, porém, qual o momento em que essa percepção é real e consciente? Há momentos em que constato a minha frieza, a minha racionalidade em ação... é quando me sinto mais segura... mas até que ponto essa segurança não é ilusão? No que tange às minhas emoções, ao me deixar envolver por elas, nem sempre mantenho a sanidade, em outros termos, o autocontrole... será que considero são quem se autocontrola? Não! Não pode ser! Até porque perder o autocontrole ao lado de quem também se propõe o mesmo é maravilhoso... nada é dito, a correspondência é gestual, transcendental, natural... porquanto, de alguma forma, aqueles que se encontram com esse propósito, nessa sintonia, estão juntos, ao menos naquele momento... peraí, quem disse que isso também não é uma ilusão?






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