quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


Último dia do ano!!! Iupiiiii!!!!!!!!!!!!!! E que venha 2010, recheado de vidas com sentido! Explico.

Nada melhor do que traduzir os meus desejos através da preciosa mensagem transcrita abaixo, cuja autora é a saudosa Cora Coralina:

Não sei...se a vida é curta...

Não sei...
Não sei...

se a vida é curta ou longa demais para nós.

Mas sei que nada que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:

colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:

é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.


Vamos cultivar a energia positiva hein, pessoal!!!!!!! Beijo pra vcs!!!


terça-feira, 29 de dezembro de 2009




Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma bênção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Clarice Lispector

E ao tentar se assumir, ela na verdade não se assumiu, mas sumiu! Sumiu de se mesma, e entoada por uma melodia sutil e circunstancial, ela foi se distanciando de si ou talvez nunca se encontrou... no entanto, ela resolveu largar os óculos que insistentemente usava para corromper a sua verdadeira visão... mas como todo vício, a luta é diária para não usá-los mais... o importante é que ela percebeu a possibilidade de viver sem eles, porquanto ela necessita se assumir, se desvencilhar da mente que mente, das suas identificações impostas, dos seus referenciais inventados!

Recontruir-se é preciso. E eu, mais do que nunca, preciso. É uma questão de felicidade; mas de uma felicidade que somente eu poderei sentir, mais ninguém. É a felicidade de ser única agindo como tal. A criança precisa crescer, não posso tentar me livrar dela, entregando-a ao outro ou mesmo aniquilando-a. Ela vai crescer comigo, o que somente é possível se for submetida exclusivamente aos meus cuidados.

Chegou a hora de estraçalhar a carniça, de entender que não entendo, de olhar o outro sem medo, de desvendar a realidade de cara limpa, de coração aberto, atentando-me para a intuição, valendo-me da razão, sentindo a emoção, buscando a harmonização desses elementos, pois não quero me ver perdida no meio do caminho, quero ser realmente livre para saber onde, como, quando, com quem e porque estou....

terça-feira, 15 de dezembro de 2009



Uma das coisas melhores na vida é ter amigos.

Se duvidar os amigos importam mais do que aqueles a quem chamamos de amores. Isto porque os verdadeiramente amigos nos fazem lembrar quem realmente somos, não pleiteiam título de exclusividade, não se interessam tão somente por suas necessidades emocionais. Há uma efetiva troca: de afeto, respeito, companheirismo, lealdade. E mais: aceitam e gostam da gente como a gente é.

Amizade para mim pressupõe, claro, afinidade, mas principalmente lealdade e sinceridade. Amigo que é amigo escuta, não deixa de dizer o que pensa, ama e, por isso, cuida, faz das minhas alegrias, as mais glamurosas, e dos meus desatinos, os menos pesarosos.

Amigo mesmo torce por mim, pela minha felicidade, pelo meu sucesso. Vibra muito com as minhas vitórias e se solidariza veementemente com as minhas tristezas.

Ademais, entre amigos pra valer o silêncio não angustia, conforta.
Outrossim, o amor que os interliga é sem cobranças, avesso à instrução probatória, real, espontâneo, lindo.

Eu só tenho que agradecer aos meus amigos sensacionais (!!!!!), os quais já o são simplesmente por serem efetivamente amigos. São, com certeza, raridades preciosas que fazem da minha vida muito mais prazerosa e intensa. Vocês sim têm o meu amor e a minha eterna fidelidade.

domingo, 13 de dezembro de 2009


O que realmente importa? As relações humanas são o que realmente importa. Não há riqueza nem status que atribua sentido à vida. Afirmo, com segurança, que o meu desenvolvimento emocional, intelectual e mesmo moral está intrinsecamente vinculado à arte de me conectar com qualquer pessoa que por alguma razão chegue até mim. É necessário coragem para entrar em contato com o outro. Coragem porque em muitas ocasiões o choque será inevitável e o desconforto, certo. Entretanto, é enriquecedor detectar características negativas minhas ao interagir com um universo distinto do meu. Posso aduzir que as pessoas com as quais tenho mais dificuldade são desafiantes. Em muitos momentos tento evitar encontrá-las por não querer sentir as sensações que elas me causam. Contudo, luto contra este "auto-sequestro", porquanto tenho a plena consciência de que se trata da minha covardia eventual em não enxergar os espinhos do meu jardim, os quais exsurgem perante meus olhos no instante em que me comunico de algum modo com quem possui uma habilidade ímpar em me provocar, independente se o faça conscientemente ou não.
Eu não quero ignorar qualquer sensação negativa que eu sinta perante algum outro ser humano. Almejo analisá-la minunciosamente, considerando o subjetivismo que me delineia, a fim de formar uma autocrítica consistente e eficiente no meu propósito de me tornar uma pessoa melhor, apta a contribuir com o progresso dos demais que cruzam o meu caminho.
Relações humanas: sem elas a vida não tem sentido...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009




Cultuar a vida é atingir o grau máximo de sua potencialidade. Esta é tão específica quanto único é cada ser humano. Hoje posso afirmar que eu compreendo melhor o que é viver cada segundo como se fosse o último; amanhã posso não estar mais neste mundo, ou quem sabe, nem daqui minutos, segundos, mas isso não é motivo de tristeza, pelo contrário. Ao meu ver o nosso fim certo e incontestável deve ser encarado como estímulo para usufruir e contemplar o hoje. Eu tenho muito o que agradecer, porque mesmo nesse mundo louco, de alguma forma eu consigo cultivar uma alegria que não lhe é inerente. É um estado de alma que vez ou outra me acomete. E ela me inunda quando eu menos espero por ela. E ela permanece por algum instante, de forma genial, sempre que consigo extrair do outro o seu melhor, e mais lindo ainda é perceber como esse processo se concretiza naturalmente. Quem sou eu para subestimar qualquer ser humano. Não sou hipócrita; já fi-lo algumas vezes, como ainda faço. Contudo, a cada dia que passa tento aniquilar meu eu soberbo para tornar propício um verdadeiro encontro de almas, sem máscaras, sem preconceitos, sem idealizações. Inebriado, isso sim, de loucuras autênticas conectadas pelo afeto, pelo amor, pelo bem. É o que importa; mais nada.


E ela me inunda quando eu menos espero por ela... a vida é mesmo uma dádiva.