quinta-feira, 16 de julho de 2009


No distanciamento está a sabedoria da incerteza...
na sabedoria da incerteza está a libertação do passado, do conhecido, que é a prisão dos velhos condicionamentos.
E na mera disponibilidade para o desconhecido,
para o campo de todas as possibilidades,
rendemo-nos à mente criativa que rege o universo.
(Deepak Chopra)
É o distanciamento que me traz discernimento quando me encontro inserida no meu próprio caos. O meu verdadeiro eu não se manifesta espontaneamente quando sou boicotada pelo ego o qual me incita a distorcer a realidade, aprisionando-me fora de mim mesma, trazendo-me à inconsciência, à falsa percepção da minha essência e do mundo ao meu redor.
O mais interessante disso tudo é que o retorno à consciência, hábil em proporcionar a real liberdade do ser em si, só se torna possível quando se consegue detectar o ego, ou em outros termos, o que se não é. A partir disso, o irreal começa a perder força.
Contudo, para tornar pragmática a intenção de ser o que se é, a vigília de si próprio tem que ser constante, ao menos para perceber o que se não é.
Acredito que a razão é um instrumento essencial para trazer o ser humano à realidade, porquanto, particularmente, tenho a impressão que frequentemente a rechacei para vivenciar um mundo fantástico, onde as expectativas de todos em relação a tudo e a todos fossem atendidas, como se adversidades não existissem e o "feliz para sempre" fosse inerente a esse mundo idealizado (e, em sendo ideal, não é real, pelo contrário, é sobrehumano e, portanto, inatingível!).
Parece loucura, mas a pior loucura é se manter na inconsciência.
Por óbvio que estabelecer ou restabelecer a sanidade não é tão fácil assim. Para tanto é essencial a renúncia ao apego ao conhecido, pois querendo ou não, ele retrata velhos condicionamentos, derivados de experiências anteriores, da influência familiar, cultural, social e por aí vai...
Vivendo a partir dessa perspectiva nova para mim (é o que venho tentando fazer, e confesso que é um trabalho árduo, mas deslumbrante!), percebo a importância do outro em minha vida, seja ele quem for, pois a partir dele me observo, me experimento, sinto as reações que ele me causa e vice-versa (daí, inclusive, a importância da sensibilidade), buscando sempre não me incorrer na neurose de me projetar no outro; tento sim notar o outro, captar sua essência, constatar a sua unicidade, por mais difícil que muitas vezes me pareça.
Não quero ser uma farsa!!!!!!!!!!! E você?



3 comentários:

  1. Amiga que coisa mais linda!!!
    Publique aos 7 ventos!!
    Eu tinha uma amiga poetiza e nao sabia =)
    Beijão!

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  2. Quê isso amiga, poetiza que nada, deve ser o processo terapêutico que vem me deixando assim, com uma vontade estranha de me expressar... rsrsrs
    Bjão amore!
    Loviuuuuu ;)

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  3. Ops! Cometemos um erro de português, amiga! Acabei de olhar no dicionário: não é poetiza, mas sim poetisa!
    Retificação, portanto, realizada! ;)

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